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No dia 4 de Dezembro, realizou-se na
Paróquia de Famões, um encontro sobre Voluntariado,
de forma a apresentar e discutir o documento: “Serviços
Paroquiais de Acção Social para uma Cultura
da Dádiva – CEPS)”. Este documento
foi escrito pela Conferência Episcopal Portuguesa,
para nós voluntários e futuros voluntários.
O documento surge na necessidade de combater
a grave crise social, que nos atinge. “Assim constitui
um forte apelo: a examinar e rever os modelos de resposta
às dificuldades, a introduzir ajustamentos e a
proceder ao incremento de Serviços de Acção
Social em todas as comunidades cristãs.”
No encontro, foram feitas as principais
referências ao documento episcopal:
* “Objectivos da acção
social da Igreja:
a) Serviço directo às
pessoas: pobres, doentes, presas, com deficiências,
sós ou desintegrados, crianças ou velhos,
migrantes ou ciganos;
b) Intervenção na humanização
das estruturas sócio-económicas, políticas
e culturais, seguindo os princípios da dignidade
transcendente da pessoas humana;
c) Participação em processo
de desenvolvimento, segundo modelo pautado pela lógica
do dom, com dinamização dos cidadãos
e em parceria com outras entidades.
“Só o serviço
ao próximo é que abre os meus olhos para
aquilo que Deus faz por mim e para o modo como Ele me
ama”
Bento XVI)
* Princípios operacionais:
- Proximidade. Inspirado na parábola
do Bom Samaritano, o cristão assume um “coração
que vê” e aproxima-se de cada pessoa necessitada
de ajuda imediata, coopera com ela na busca de soluções,
partilha os bens, entrega-se pessoalmente e implica-se
na resolução final do problema.
- Universalidade. Nascida do mandamento novo
do amor, vive-se na catolicidade da Igreja a tenção
global às situações.
- Radicalidade. O modo de actuar dos cristãos
para enfrentar todos os problemas passa por ir às
raízes, ou seja, às causas das diversas
situações.
- Gradualidade. Esta atitude realista dá
azo a que os princípios ideias não esmoreçam
perante situações brutais.”
Em grupo concluímos, que todas
as paróquias tem necessidades diferentes e bens
diferentes, e que assim juntas nos podemos ajudar umas
às outras.
Fala-se ainda de orientações
estratégicas, a estas não irei enumera-las,
uma vez que na sua maioria, já são praticadas
na nossa paróquia. Foi isto que mais me surpreendeu
neste encontro de voluntários da nossa diocese,
ver a dimensão de todos os projectos de voluntariado
em que comunidade e os grupos, se encontram inseridos,
não apenas nós membros da comunidade, mas
também em cooperação com as assistentes
sociais e todos os voluntários que são sempre
bemvindos. Nem imaginam a dimensão dos nossos “pequenos”
gestos, das nossas “pequenas” ajudas.
Posso concluir que, o tempo que dedicamos
ao próximo, não é tempo perdido.
E que nunca é tarde demais para sermos voluntários,
para termos o nosso “pequeno” gesto.
Rute Martins
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