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A vida da nossa comunidade continua em franco desenvolvimento e sempre numa perspectiva de partilha entre os seus membros, em especial, entre muitas outras, na concretização de oportunidades que visem ajudar os mais novos a alicerçarem a sua vida em valores cristãos, de ajuda ao próximo e com intervenção social.
Deste modo, no passado dia 11 de Dezembro, no âmbito das comemorações do 30º aniversário do nosso agrupamento de escuteiros (Agrupamento 495 - C.N.E.), realizou-se um encontro no salão paroquial, de forma a encontrar-se resposta para uma questão fundamental: que respostas o escutismo apresenta para os jovens de hoje?
Dinamizaram a reflexão a Dra. Andrea (psicóloga e escuteira) e Luís Gaspar (dirigente escutista).
Foi um momento de grande utilidade para os pais, educadores, formadores e também jovens escutistas, pois partilharam-se pontos de vista sobre o desenvolvimento de uma adolescência normal, onde o jovem começa a "deixar" a sua família e a experimentar a vida em grupo, e aí, assim como de forma individual, a ser mais reivindicativo e questionante sobre o mundo que o rodeia, religiosidade incluída, onde nem sempre, de uma forma um tanto ou quanto paradoxal, não os aceitamos como crianças mas não lhes deixamos ainda espaço como adultos, ou melhor como pessoas pensantes, mas sobretudo uma fase de grande generosidade para com o próximo e de grande empenho social quando utilizada de forma adequada toda a energia e toda esta vontade.
Aqui entra o escutismo, pois este não pode ser apenas um movimento que congrega jovens que num determinado dia semanal, se juntam, que vestem uma farda que os identifica com os outros membros da comunidade escutista, como poderiam estar num outro espaço qualquer, mas um movimento que estando consciente das características desta fase do desenvolvimento humano, as aproveita para a consolidação de valores humanos, sociais e cristãos, utilizando estratégias e práticas de escutismo ancestrais e do agrado dos jovens de hoje, de forma a se tornarem jovens e adultos interrogantes e implementadores de mudanças na sociedade, não na forma geral, mas na sua esfera mais próxima de ajuda ao outro e assim o escutismo ser não só uma resposta para as necessidades dos jovens de hoje, não esquecendo que por vezes é um dos poucos espaços onde podem ser verdadeiramente jovens, adolescentes, experimentadores dos prazeres da vida, em grupo e em comunhão com a natureza e numa perspectiva de conquistar a autonomia, que hoje tanto custa aos pais, assim como será sem dúvida, quando bem orientado/dinamizado, uma das respostas para os problemas da sociedade de hoje, ao contribuir para um melhor desenvolvimento dos nossos jovens, tornando-os adultos melhores, e estimulando-os a deixar o mundo um pouco melhor, como solicitado pelo fundador do movimento escutista Baden Powell.
Obrigado a todos os organizadores e dinamizadores por este momento de partilha.
Manuel Capelas
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