Paróquia de Santo António dos Cavaleiros
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Uma noite diferente

Frio. Muito frio que se fazia sentir naquela noite de Dezembro.

Da igreja de Santo António dos Cavaleiros saía, corajoso, um vasto grupo de jovens à conquista de uma aventura. Chamemos-lhe aventura – afinal não é comum sair-se, numa noite de Inverno, em busca de novas experiências…

Combinada fora, com alguns meses de antecedência, a noite em que, tanto jovens como escuteiros se uniriam, numa experiência única e diferente. Uma noite em que os jovens iriam encarnar, ainda que por escassos momentos, o espírito escutista. “Ser escuteiro por uma noite” – eis a correcta designação, verbalizada por todos os que viveram a aventura de se ser escuteiro em algumas horas.

Distribuídos por equipas, lá partiram. O “Jogo de Pistas”, assim se chamava a actividade a concretizar, era composto por vários postos, sendo que cada um deles representava uma das várias etapas da vida de um escuteiro: o lobito, de lenço amarelo, inocente e muito activo; o explorador, de lenço verde, irreverente e tenaz de curiosidade pelo que o rodeia; o pioneiro, de lenço azul, jovem ambicioso, coragem, destreza e solidariedade para com o outro; o caminheiro, de lenço vermelho, o jovem adulto, de olhar inovador, empreendedor, solidário e interventivo, repleto de ideias e de coragem, vontade de agir, “deixando o mundo um pouco melhor do que o encontrou”; o chefe, de lenço verde, o adulto experiente, compreensivo, conselheiro e paciente. E no final de toda uma vida, percebe-se, afinal, o que é ser-se escutista: um olhar diferente sobre o mundo; vontade de agir; destreza para nunca desistir de lutar por um ideal tão simplesmente humano – ajudar o outro, ser humano como eu, a ser feliz. “Deixar o mundo um pouco melhor do que o encontrei” é o ideal a cada encontro renovado na frase “sempre alerta para servir”, e à qual todos nós já nos habituámos e até dela brincamos, sempre que de escuteiros se fala.

Uma experiência única e enriquecedora e a que a todos os que a viveram ensinou que é possível fazer algo pelo mundo e pelo outro. No fundo, verbalizado pelos que tiveram coragem de o admitir no final da noite, a mística do escutismo tocou cada um dos corações ali presentes. E talvez por isso deixasse saudade; vontade em repetir o gesto. Quem sabe para um dia podermos dizer, já velhinhos, “eu deixei o mundo um pouco melhor”.

Ana Catarina Estêvão.

 
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