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O Centro Cultural e Social de Santo António dos
Cavaleiros assinalou o dia de São Martinho, 11
de Novembro, com o já tradicional magusto. Desta
vez, a festa foi integrada nas comemorações
do 25º aniversário do Centro. Saídas
da Sessão Solene, largas dezenas de pessoas dirigiram-se
ao terraço, onde puderam provar as castanhas assadas
ou cozidas e beber um copo de água-pé. Tudo
ao som da música tradicional portuguesa interpretada
ao vivo pelo Grupo de Cantares de Bucelas.
Petiscos de todo o país e de vários pontos
do mundo deram sabor ao almoço-convívio
de comemoração do 25º aniversário
do Centro Cultural e Social de Santo António dos
Cavaleiros (CECSSAC). No dia 11 de Novembro, depois da
eucaristia, centenas de pessoas passaram pelas várias
tasquinhas montadas no terraço do Centro e provaram
as especialidades preparadas pelos próprios participantes
no almoço. Da feijoada à cachupa, passando
pelos peixinhos da horta e o frango de caril, a dificuldade
dos visitantes era escolher. “A muamba está
muito boa”, dizia um dos presentes. “Tens
é de provar o bife de atum da minha terra”,
respondia outro.
Empenhadas em mostrar os melhores petiscos das suas terras,
os responsáveis pelas tasquinhas não tinham
mãos a medir. Na casinha das Beiras, Carlos Ferreira,
a mulher Luísa e o amigo João Simões
só conseguiram respirar no final do almoço.
“Parecia um enxame, esgotámos tudo”,
dizia Carlos Ferreira, “o leitão acabou num
instante e a chanfana também não demorou
muito”. Vestidos a rigor, Carlos Ferreira e João
Simões eram o espelho do contentamento. “A
comida estava quentinha e foi tudo feito por nós,
tirando o leitão”, explicava Carlos Ferreira.
A chanfana até veio directamente de Condeixa, terra
de João Simões. “Passou a noite inteira
no forno, das 22 às 7 da manhã de hoje”,
dizia.
Acabado o almoço-convívio, as pessoas encheram
o salão do CECSSAC para a Sessão Solene,
que começou com uma retrospectiva histórica
dos 25 anos de vida do Centro. Seguiu-se um resumo das
conclusões das jornadas de reflexão “Realidades
Sociais – Disfuncionalidade Familiar”, que
tiveram lugar a 6 de Novembro.
Numa sessão pontuada pelas actuações
de vários grupos do CECSSAC – coro da Idade
de Ouro, grupo das Actividades de Tempos Livres, conjunto
de Guitarras da Escola de Música e grupo de Hip
Hop – destacou-se o tema da solidariedade e da partilha.
O elogio ao trabalho desenvolvido pelo Centro ao longo
destes 25 anos e a constatação de que há
ainda muito por fazer marcaram os discursos das entidades
presentes. Nesse sentido foram as palavras do Comissário
da Ordem do Carmo em Portugal, Pe. António Monteiro,
da presidente da Junta de Freguesia de Santo António
dos Cavaleiros, Glória Simões, e do presidente
da Assembleia Municipal de Loures, Pedro Farmhouse.
O presidente da direcção do CECSSAC, Pe.
Ricardo Raínho, recordou todas as pessoas “que
se empenharam desde o primeiro momento” no trabalho
do Centro, de forma desinteressada e para bem da Comunidade.
“Quando o que está em causa é o bem-estar
das pessoas, as parcerias funcionam”, garantiu o
Pe. Ricardo.
No entanto, como “as necessidades da população
são muitas e evidentes, e o caminho continua”,
o presidente da direcção do CECSSAC anunciou
o novo grande desafio que se coloca à Comunidade:
a construção de uma nova igreja e de um
centro social na zona das Torres da Bela Vista.
Para o presidente da Câmara Municipal de Loures,
Carlos Teixeira, o CECSSAC é um exemplo a seguir:
“uma comunidade que tem liderança, tem colaboradores
empenhados e tem voluntários que dão de
si e não pedem nada em troca”. “Na
cidadania, não podemos ficar parados à espera
que os outros resolvam os problemas. Em Santo António
dos Cavaleiros, isso não acontece. Estamos muito
à frente”, disse o autarca.
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