Na cerimónia, D. Joaquim Mendes, bispo auxiliar
de Lisboa, sublinhou que"“não se é
cristão sozinho". Para D. Joaquim "Jesus
chama-nos a sê-lo em comunidade, em povo, em Igreja.
Embora Jesus esteja em toda a parte, é na Igreja
que Ele nos dispensa a sua Palavra, a sua graça,
os Sacramentos e a vida no Espírito".
Na sua homilia o bispo auxiliar de Lisboa reforçou
a ideia de que "um cristão sem uma comunidade
é um nómada sem raízes"- afirmou
citando o papa Francisco. Deste modo desafiou os catecúmenos
a prepararem-se para "serdes cristãos com
raízes bem fundas. Cristãos profundamente
enraizados em Cristo e no seu Corpo que é a Igreja,
enriquecendo-a com a vossa vida e com os dons que o Senhor
vos concedeu".
Ao explicar o Rito da Eleição D. Joaquim
Mendes lembrou que este "corresponde a um tempo de
purificação e de iluminação,
em ordem aos Sacramentos de iniciação cristã:
Batismo, Confirmação e Eucaristia. A Igreja
elege-vos. Considera-vos idóneos para iniciardes
uma preparação espiritual mais intensa para
receberdes os Sacramentos de Iniciação cristã.
E eleição é um gesto gratuito e amoroso
de Jesus através da Igreja em relação
a cada um e a cada uma de vós. Não é
cristão quem quer, não é padre, frade,
freira, bispo quem quer. É Jesus que escolhe, chama,
elege, consagra, envia. Sois eleitos porque Jesus vos
escolheu, poisou sobre vós o seu olhar e vos convida
a estar com Ele e a segui-lo".
D. Joaquim Mendes concluiu afirmando que a "identidade
cristã, sentido de pertença à Igreja
comunidade e compromisso missionário é o
que o Senhor espera de todos aqueles que Ele escolheu
e que aderiram a Ele livremente pela fé e pelo
Batismo".
Ser testemunha de Cristo nos novos irmãos: Uma
alegria profunda
Maria de Fátima Alves Correia da Silva é
catequista e prepara, "há muitos anos",
adultos que querem pertencer "à Igreja de
Jesus".
Ao Catequese.net esta catequista de Santo António
dos Cavaleiros abordou, na primeira pessoa, a "alegria
do trabalho de dois anos":
"Sempre que me desloco à Sé para levar
um grupo para o Rito de Eleição dos Catecúmenos,
é sempre muito gratificante, pois é fruto
de um trabalho de dois anos onde falar de Jesus Cristo
se torna para mim uma benção". Para
Maria de Fátima os "doze" que preparou
para este rito nos últimos dois anos fizeram-na
experimentar "não só em cada candidato
como em mim própria uma alegria contagiante no
momento em que um a um assinaram o seu nome".
Este é o momento de "dar graças a
Deus poder fazer parte de um grande número de cristãos
que o Senhor confia para serem testemunhas da Sua palavra
evangelizando muitos que procuram a felicidade só
possível com o batismo".
Também os catecúmenos, em curtas declarações,
mostraram-se alegres por se sentirem "eleitos pelo
Senhor para a sua Igreja" e com a certeza de que
"a escolha feita há 2 anos era a certa".
Para estes novos irmãos "foi inevitável
a troca de abraços e sentir que juntos como um
todo tínhamos percorrido um caminho que agora se
iniciava, mas que não terminaria ali" e que
o rito em que participavam "era mais do que uma simples
cerimónia" mas "uma entrega, um estreitar
de laços, uma certeza" que "nos enchia
o coração e por entre os pingos da chuva,
regressámos a casa de coração cheio".
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