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PERSEGUIÇÕES

Uma revista que me chegou às mãos há alguns meses atrás, bastante bem apresentada e até interessante no seu conteúdo (nem sempre as duas coisas coincidem), ostentava, entre outras publicidades, várias páginas patrocinadas pela "Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género".

Uma primeira das páginas de publicidade era contra a "discriminação étnica no trabalho"; outra perguntava se o leitor tinha "de ocultar a sua orientação sexual"; outra ainda questionava sobre se "gostaria de ocultar a sua idade para obter um emprego". Àqueles que respondessem positivamente, eram facultados vários modos de contactar a Comissão a fim de conhecer os seus direitos.

Folheei a revista várias vezes. Procurei mas não encontrei nenhuma publicidade da referida "Comissão para a Cidadania e Igualdade" acerca da perseguição religiosa ou daquela que é realizada às mulheres que se encontram para serem mães. Não pude deixar de estranhar o facto, tanto mais que todos sabemos da existência dessas discriminações em não poucas situações.

Tenho a certeza que a conclusão que passou pela minha mente foi precipitada e fruto de um exagero. Contudo, confesso, que a ausência de referências àquelas perseguições por parte da referida Comissão da Presidência do Conselho de Ministros me fez pensar que não se pode ser discriminado pela cor da pele, pela orientação sexual ou pela idade (completamente de acordo); mas, pelo contrário, já não é tão importante ser discriminado pela religião professada ou, no caso de uma mulher, pelo facto de estar para ser mãe. Quero dizer: não é muito grave, não fere os direitos de cidadania que um muçulmano seja preterido para um emprego pelo facto de ser muçulmano, ou seja perseguido por causa da sua fé; e que uma mulher que esteja grávida seja penalizada apenas por esse facto. Pelo menos este tipo de perseguições não são tão graves como os outros acima referidos.

Não quero, obviamente, acreditar que tal aconteça – ou seja, que os membros da referida Comissão não estejam atentos a estas discriminações. Talvez as 114 páginas da revista não chegassem para fazer as publicidades...

D. Nuno Brás

 
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