Com o desejo de acompanhar de perto as
comunidades que vão caminhando na fé, o
nosso Bispo prepara-se para nos visitar. Esta visita é
um propósito e uma necessidade que se coloca a
cada Bispo. Podemos ver que a realidade do princípio
da Igreja era esta mesma, a multidão dos crentes
estava próxima dos Apóstolos.
Esta proximidade além de permitir
o contacto e a leitura da realidade concreta da nossa
Paróquia, permite também que o nosso Bispo,
o nosso primeiro catequista, nos possa vir fortalecer
na fé, e no empenho pastoral.
A Igreja nasce da acção
evangelizadora de Jesus e dos Doze. E vão ser os
seus Doze, os Apóstolos, que recebem o mandato
de ir e fazer de todos os povos filhos de Deus. (cf. Mt
28, 19-20).
Este mandato que os Apóstolos
receberam de Jesus tem continuidade nos seus sucessores,
os Bispos, que ainda hoje são chamados para levar
a palavra do Evangelho a todos os povos.
Mas evangelizar, não é
apenas, aproveitar esta ocasião para anunciar o
Evangelho àqueles que possam andar mais longe e
distraídos. A visita pastoral do nosso Bispo é
uma clara oportunidade, para todos aqueles que já
vivem a fé, se perguntarem se é ou não
o Evangelho que os tem conduzido nas suas vidas e nas
suas opções.
Receber o Bispo na nossa comunidade é
sempre um motivo de alegria e azáfama. O desejo
de receber o Bispo deve ser primeiro que tudo um desejo
de que ele nos fortaleça na fé.
Este encontro pessoal com o Bispo, além
de ajudar a comunidade a abrir-se ao Evangelho, ajuda
também a perceber que a nossa comunidade é
uma comunidade a caminho, uma comunidade de peregrinos
no meio deste mundo que muitas vezes tem dificuldade de
aceitar a Cristo ressuscitado.
Desta forma podemos dizer que a visita
do Bispo é para a nossa comunidade um momento para
sermos fortalecidos na esperança, sobretudo para
aqueles que andam mais vacilantes, porque aquele que é
o nosso Pastor está connosco. Sinal de que vamos
juntos, de que não estamos sozinhos mas que fazemos
parte de um corpo. Ou seja, a presença do bispo
é uma oportunidade de nos sintonizarmos com a Palavra
de Deus que é uma palavra de esperança.
Essa palavra de esperança que
o nosso pastor nos aponta como caminho é também
uma palavra de Comunhão e de desafio. O que nos
faz perceber que esta visita é também uma
oportunidade para que a nossa comunidade paroquial reavive
o dom de ser um povo de filhos de Deus desafiados a viver
do Amor de Deus, tal como era nos primeiros tempos.
Esta visita pastoral pode ser um momento
de estreitar laços, e de fazer com que os diferentes
agentes de pastoral se aproximem para juntos empreenderem
esforços no anúncio da Palavra de Deus.
A comunidade cristã dos Actos
dos Apóstolos era conhecida pela sua fidelidade
ao ensino dos Apóstolos, pela fracção
do pão e pela forma de como se amavam uns aos outros.
A visita pastoral pode ser na verdade, um reavivar, este
testemunho que somos convidados a viver.
Ao mesmo tempo a presença do nosso
Bispo é também um convite a olharmos para
lá das fronteiras da nossa paróquia, ou
seja, é um tempo em que somos convidados a percebermo-nos
integrados num corpo numa Diocese, numa Vigararia e de
que somos convidados a viver não simplesmente ao
nosso ritmo, mas que somos membros de um corpo que é
maior que nós.
Podemos por isso perceber que a presença
do Bispo junto de nós é também um
desafio a comprometermo-nos com o universo cristão
que nos rodeia, como também com todos os cristãos
dispersos pelo mundo, muitos deles a sofrerem por causa
da fé.
A visita pastoral à nossa Paróquia
há-de ser um encontro de comunhão fraterna
do pastor com o seu povo, para melhor conhecer a nossa
realidade, animar-nos na vivência e testemunho da
nossa fé e levar-nos a um compromisso cada vez
maior na Nova Evangelização.
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