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ADVENTO
Entre a crise e a vida eterna

Não, este título não é despropositado nem nenhuma frivolidade, nem um simples desejo de chamar a atenção. É verdade que o título chama a atenção, mas não tem nada de banal.

Na verdade poderíamos dizer que crise económica e a esperança na vida para sempre são como que as máximas expressões de dois pólos em que se move o Advento: a constatação da nossa realidade humana e a vivência desta realidade com os olhos postos na promessa de salvação definitiva que Deus nos oferece.

1. A crise económica. Sem dúvida, o que caracteriza o momento que estamos a viver e que o marca a todos os níveis é a crise económica. Produzida e provocada pela irresponsabilidade dos mais poderosos, as saídas para esta crise comportam medidas penosas que tornam mais difícil a vida de todos e de uma forma particular daqueles que já tinham dificuldades em seguir em frente. É bastante provável que as coisas poderiam ter decorrido de outra maneira, mas o facto é que os nossos governos ocidentais assim o quiseram.

Em todo o caso, para além da análise da realidade que cada um faça, uma coisa é clara: um cristão, no meio deste mundo difícil, acima de tudo tem de fazer tudo o que estiver ao seu alcance, seja pouco ou muito, para que o projecto de amor de Deus se torne realidade: que todo o mundo possa viver em paz, com alegria, com confiança, sem ter que sentir a angústia de ter o mínimo necessário para viver… Este é o primeiro passo que realmente esperamos um novo céu e a nova terra de Deus.

2. A vida eterna. O primeiro passo é trabalhar para tornar realidade a esperança de uma vida plena em todos os sentidos e sem este primeiro passo o segundo seria falso. Mas, assegurando o primeiro, o segundo é igualmente imprescindível. A nossa esperança é que Deus venha até nós. Esperamo-lo na nossa vida de cada dia para que nos acompanhe e nos dê forças; esperamo-lo na Eucaristia e nos outros sacramentos, onde vivemos a força da sua proximidade; esperamo-lo na celebração anual do Seu nascimento no meio de nós. Mas esperamo-lo, sobretudo, de maneira já plena, para além deste mundo.

E isto é a vida eterna, do que muito pouco podemos dizer, mas de que decididamente podemos dizer uma coisa: que é o horizonte da nossa existência, a plenitude do nosso caminho neste mundo. A esperança da vida eterna é o que dá sentido definitivo a tudo.

Josep Lligadas

 

 
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