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Milhares de pessoas estiveram no passado dia 21 de Maio,
no estádio do Restelo, Lisboa, para participar
na cerimónia de beatificação da Irmã
Maria Clara do Menino Jesus. De todo o mundo vieram fiéis,
atraídos pela devoção à «Mãe
Clara». Vinham felizes e cheios de entusiasmo para
celebrar a beatificação da Irmã Maria
Clara – rosto da ternura e da misericórdia
de Deus. No coração traziam a gratidão,
no rosto a alegria e o sorriso, nas mãos as palmas
que ecoaram forte e, por certo, chegaram ao infinito,
aquando da proclamação da Mãe Clara
como Beata. Foi uma verdadeira manifestação
de beleza e fé, um hino de louvor e acção
de graças, uma sinfonia universal a cantar gratidão
e a dizer ao mundo que a Hospitalidade é um Carisma
vivo e actuante na Igreja e na sociedade, que procura
expressar o rosto da ternura e da misericórdia
de Deus, ao jeito da Beata Maria Clara.
Depois de lida a carta apostólica pelo Cardeal
Angelo Amato - representante de Bento XVI na celebração
de beatificação de Maria Clara, no estádio
do Restelo (Lisboa) – onde se refere que a nova
beata foi “grande apostola da ternura e da misericórdia
de Deus” e tinha “profunda humildade”,
o prefeito da Congregação para as Causas
dos Santos concedeu o título de beata à
venerável serva de Deus Maria Clara do Menino Jesus.
Antes do início da Eucaristia, presidida por
D. José Policarpo, cardeal-patriarca de Lisboa,
a miraculada, Georgina Troncoso Monteagudo, deu o seu
testemunho sobre o milagre que obteve por intercessão
da Irmã Maria Clara, fenómeno que conduziu
à beatificação da religiosa.
Após o acto penitencial (cântico do “Kyrie,
eleison”) e lida uma síntese biográfica
da Beata decorreu o rito de beatificação
da Irmã Maria Clara.
Na homilia da celebração de beatificação
de Maria Clara, D. José Policarpo destacou a “ousadia
missionária” e a “firmeza” mostrada
perante “todas as dificuldades” da nova beata
portuguesa, referindo que ela “nasceu num tempo
singular e sentiu os desafios de ser cristã e de
ser Igreja, numa sociedade cultural e politicamente a
afastar-se do ideal cristão. As crises sociais
e as epidemias da peste indicaram-lhe os pobres como destinatários
do seu amor. “
A Beata Maria Clara (Libânia do Carmo Galvão
Mexia de Moura Telles e Albuquerque) nasceu na Amadora,
distrito de Lisboa, a 15 de Junho de 1843, e recebeu o
hábito de Capuchinha em 1869, escolhendo o nome
de Irmã Maria Clara do Menino Jesus. Morreu em
Lisboa em 1899, no dia 1 de Dezembro.
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