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O Papa Bento XVI aprovou no passado dia 14 de Janeiro
a publicação do decreto que comprova um
milagre atribuído à intercessão de
João Paulo II, concluindo assim o processo para
a sua beatificação.
A cerimónia de beatificação vai decorrer
a 1 de Maio, Domingo da Divina Misericórdia, no
Vaticano, sendo presidida por Bento XVI.
O milagre agora comprovado refere-se à cura da
freira francesa Marie Simon Pierre, que sofria da Doença
de Parkinson. A religiosa pertence à congregação
das Irmãzinhas das Maternidades Católicas
e trabalha em Paris, tendo superado, em 2005, todos os
sintomas da doença de que sofria há quatro
anos. A decisão abriu caminho, em definitivo, à
beatificação do Papa polaco, que liderou
a Igreja Católica entre 1978 e Abril de 2005, quando
faleceu.
D. José Policarpo, Cardeal-Patriarca de Lisboa,
olha com grande alegria para a decisão da Igreja
Católica em beatificar João Paulo II, considerando-a
como uma homenagem justa a quem deu muito a Deus e aos
homens.
“Se há personalidade que merece esta exaltação
e esta apresentação ao povo de Deus como
modelo de fidelidade e de virtude é, sem dúvida
nenhuma, o Santo Padre João Paulo II” sublinha
D. José Policarpo. Olha também para a beatificação
de João Paulo II como “uma festa da Igreja”,
destinada a homenagear uma figura que “ainda está
muito no nosso coração e na nossa memória”.
Espírito lutador, natureza otimista, fé
inigualável e grande determinação,
são algumas das características que D. José
Policarpo destaca no agora futuro Beato.
“Foi um homem muito marcado pela sua vida pessoal,
pelo sofrimento, pela ocupação nazi. Fez
um curso de seminário quase clandestino”
aponta o Cardeal-Pa- triarca de Lisboa, destacando que
nada disso o impediu de se tornar primeiro “num
padre a sério”.
Outra particularidade de João Paulo II era o seu
gosto em se encontrar com as pessoas, especialmente com
os jovens.
“Ele só estava bem sozinho quando estava
em oração, quando estava com Deus”
realça D. José Policarpo, que conheceu pessoalmente
o antigo Papa quando ele “ainda era um jovem cardeal”.
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