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A irmã Maria Clara do Menino Jesus (1843-1899)
vai ser beatificada a 21 de Maio, no Estádio do
Restelo, Lisboa, anunciou a Congregação
das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada
Conceição (CONFHIC), fundada pela futura
beata. «Maria Clara, um rosto de ternura e da misericórdia
de Deus» é o slogan escolhido para a celebração.
O processo conheceu o seu ponto culminante quando, no
dia 10 de Dezembro de 2010, Bento XVI assinou o Decreto
de aprovação do milagre atribuído
à intercessão da Irmã Maria Clara,
relativo à cura de uma católica espanhola,
Georgina Troncoso Monteagudo, afectada por um grave problema
de pele.
Libânia do Carmo Galvão Meixa de Moura Telles
e Albuquerque nasceu na Amadora, em Lisboa, a 15 de Junho
de 1843. Recebeu o hábito de Capuchinha, em 1869,
escolhendo o nome de Irmã Maria Clara do Menino
Jesus.
Funda a primeira comunidade da Congregação
das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada
Conceição (CONFHIC) em S. Patrício
- Lisboa, no dia 3 de Maio de 1871 e, cinco anos depois,
a 27 de Março de 1876, a Congregação
é aprovada pela Santa Sé. Ao longo da sua
vida abre grande número de casas para recolher
pobres e necessitados, em Portugal, e envia Irmãs
para as Missões: Angola, Goa e Guiné-Bissau.
Morreu em Lisboa, no dia 1 de Dezembro de 1899, mas o
seu processo de canonização apenas viria
a iniciar-se em 1995.
«Vivendo numa época marcada pelo poder liberal,
viu a sua Congregação ferozmente atacada,
como alvo de toda a perseguição à
Igreja, em Portugal. No meio das calúnias mais
ignominiosas e humilhantes que o jacobinismo português
levantou às Irmãs, através da imprensa
nacional e estrangeira, a Madre Maria Clara mostrou-se
sempre forte e digna, resoluta e prudente, superior a
todo o vexame e a qualquer ofensa», refere a sua
Congregação.
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