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Voltamos a começar um ano litúrgico. Esta
sucessão cíclica, este passar do tempo que
avança continuamente pode-nos levar a sentimentos
negativos: rotina, cansaço, decepção
pelo que não conseguimos atingir… Inclusive
a sensação de que vamos crescendo e “envelhecendo”
também nos pode desanimar criar-nos um certo mal-estar.
Por outro lado vivemos num mundo e um momento cheio de
notícias desagradáveis, desgraças,
problemas, crises…
Apesar de tudo, o novo ano litúrgico começa
com o Advento, um tempo marcado pela esperança.
Uma esperança activa da boa notícia que
celebramos no Natal: que Deus nos ama, que se torna homem
por nossa causa. E isto traz-nos uma mensagem de amor,
de paz, de partilha e solidariedade. Certamente com esta
esperança é mais fácil ultrapassar
a passagem do tempo e da vida com as suas contrariedades.
Só por isso vale a pena ser cristão. Tudo
isto é uma mais valia que podemos dar e levar para
o nosso mundo e a nossa sociedade.
Oxalá que vivamos com intensidade esta esperança,
cada um na sua própria vida e também transmitindo-a
e partilhando-a com todos aqueles que nos rodeiam. Sempre,
mas especialmente neste tempo de Advento e Natal que nos
propomos viver, façamos nossas as palavras do Salmo
33: “A nossa alma espera no Senhor; Ele é
o nosso amparo e o nosso escudo. Nele se alegra o nosso
coração e em seu nome santo confiamos. Venha
sobre nós, Senhor, o teu amor, pois depositamos
em ti a nossa confiança.”
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