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Aconteceu de 20 a 25 de Julho de 2010, o Primeiro Encontro
Europeu de Jovens Carmelitas. Portugal fez-se representar
por jovens da nossa paróquia. Foi uma semana cheia
de inumeráveis momentos: emotivos, divertidos,
de oração, reflexão, contemplação
e troca de experiências. Muitíssimo bem organizado,
constou numa oportunidade excelente para estar com quem
conhece a Ordem Carmelita, ouvir, pôr em prática
as nossas capacidades artísticas (canto, poesia,
desenho e teatro) e ser pró-activo, de acordo com
a Regra da Ordem. Esforçámo-nos para comunicar
e, por fim, fizemos amigos.
Visitámos as basílicas de Santa Maria Maior,
de São João de Latrão, de São
Martino ai Monti, muito importante para a ordem carmelita.
Nesta última, fomos recebidos pelo Prior Geral
e pelo seu Conselho no que nos pareceu um mar de homens
vestidos de castanho – o hábito carmelita
e, celebrámos a eucaristia num espírito
de comunhão e num espaço disposto de forma
diferente. Todas as línguas presentes se fizeram
ouvir.
Passámos um dos dias em Castelgandolfo –
lugar da residência de férias do papa - e
à medida que nos aproximávamos, saltou-nos
à vista a grandeza e beleza do lago, circundado
por uma enorme mancha verde de floresta. Esse foi um dia
de caminhada interior e exterior. A meta da nossa caminhada
foi Cristo Ressuscitado, a palavra de Deus guiou-nos e
o meio para o alcançarmos foram os nossos passos.
Nessa jornada, o maior obstáculo foi o calor.
Cada dia vivivo foi um dia em cheio!
Na visita à basílica de São Paulo
de Extramuros experimentámos a lectio divina, da
qual gostamos muito pela partilha de sentimentos que nos
proporcionou. A igreja primitiva fez também parte
do nosso roteiro, numa jornada que começou mais
cedo do que todas as outras. Descemos ao primeiro nível
das Catacumbas de Priscilla onde tivémos a oportunidade
de ver a mais antiga representação de Nossa
Senhora que remonta aos séculos I e II.
A riqueza da inter e da multiculturalidade estiveram bem
presentes em quase todos os momentos. Aprender músicas
e jogos de outras nações fez parte da partilha
que todos quisémos viver. Repeteríamos esta
semana, indubitavelmente.
Aprofundar o conhecimento acerca dos Carmelitas –
a vida, a história, os locais e as personagens
desta família - (e ouvir tanto pela primeira vez!)
fez-nos reflectir, uma vez mais, em como o esforço
de reunir jovens e chamá-los para a Igreja não
pode ser unicamente tarefa para jovens. Muitas vezes precisamos
de uma voz exterior que nos convide a participar e a aproximar-nos
d’Ele.
Fica aqui, certamente, muita coisa por contar mas esperamos
ter-vos deixado um pouco do que trouxemos de Roma. Obrigado
a quem permitiu que esta viagem acontecesse.
Em suma, vivemos, durante uma semana, como estivéssemos
em Babel (afinal, eram 13 nacionalidades), porém,
como nos disse Fernando Millán na homília
com que nos presenteou na basílica de São
Martino ai Monti: “o espírito que
aqui nos une é o mesmo.”
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