O Papa Bento XVI apresentou no passado dia 7 de
Julho a sua terceira encíclica, “Caritas in Veritate” -
A caridade na verdade -, um texto de 79 pontos, em
que se mostra a um mundo ainda abalado pela crise
financeira um conjunto de orientações para o mundo
económico e exigências de solidariedade. Lembrar os
pobres e os mais desprotegidos no tempo da globalização
é o fio condutor do documento, que procura apresentar
caminhos para o “verdadeiro desenvolvimento
de cada pessoa e de toda a humanidade”.
O Papa repete a palavra “caridade”,
que dava o mote à sua primeira encíclica
abordando desta feita matérias ligadas ao
mundo do trabalho, da economia e do desenvolvimento.
Na abertura da encílica refere-
se que há um contexto social e cultural
que “relativiza a verdade” e provoca
um “esvaziamento” da caridade, o que
pode fazer com que “a actividade social
acabe à mercê de interesses privados e
lógicas de poder”.
Justiça e bem comum são apresentados
como critérios orientadores para o agir, também dos cristãos,
embora Bento XVI reafirme que a Igreja não tem soluções
técnicas para apresentar, mas “uma missão de verdade para
cumprir”. “Quando o empenho pelo bem comum é animado pela
caridade, tem uma valência superior à do empenho simplesmente
secular e político”, pode ler-se.
Texto completo da Encíclica
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